Como o ESG gera valor para sua empresa - reduzindo riscos

Nos últimos dias, têm circulado notícias variadas a respeito das relações de trabalho escravo de prestadores de serviço a empresas vinícolas e de produção de açúcar. Convenhamos que isso não é novo - não é de hoje que se suspeita da vida difícil que trabalhadores responsáveis pela colheita, passam.

O que é de se surpreender, é como, em pleno 2023, ainda tenhamos grandes empresas com suas marcas envolvidas e sujas em questões como essa. Pensa o impacto de um episódio como esse terá nas vendas de qualquer uma dessas empresas vinícolas que investiram anos construindo suas marcas em belas garrafas de vidro e rótulos elegantes.

Eu mesma, confesso, já cortei as 3 marcas citadas de minha cesta de compras. E como eu, milhares de outros consumidores estão fazendo o mesmo - porque as notícias ruins correm como a velocidade da luz - como nossa vó já dizia: “notícia ruim chega rápido” - e chega mesmo! Milhares de compartilhamentos e posts surgindo e pipocando, citando as marcas e dizendo o mal que elas causaram.

O que os empreendedores e empresários precisam entender é que o novo consumidor não quer ouvir as explicações - o que ele quer é a confiança de que a empresa está fazendo o melhor que ela pode para desenvolver o seu negócio de modo a que não prejudique ninguém.

E é aí que entram as 3 letrinhas do ESG - Environment, Social, Governance - em português, Governança Social e Ambiental. As grandes empresas já acordaram para a importância disso no mundo dos negócios - eu costumo falar que o ESG é uma forma de você blindar seu negócio, construir uma proposta de valor diferenciada e colocar no seu DNA, um fator muito importante - que é o propósito pelo qual você e sua equipe trabalham todos os dias. Isso sem contar que, ao incluir sua empresa nos conceitos do ESG, você está alinhando seu negócio à milhares de consumidores que já querem fazer a diferença - uma pesquisa da Nielsen de 2022, mostrou que 62% das pessoas querem fazer a diferença no planeta (e vão obviamente, buscar marcas que ajudem elas nessa missão).

E o que o ESG tem a ver com o caso das vinícolas? Tudo. Porque se essas empresas estivessem alinhadas com a parte de governança, já teriam feito uma auditoria nesse prestador de serviço e já teriam identificado o risco grande que corriam. Talvez também teriam uma declaração pública de todos os fornecedores, que seguiam os princípios éticos e humanos de trabalho. Poderiam até ter oferecido treinamentos aos prestadores de serviço para que melhorassem suas condições de trabalho. Ou o melhor de todos os cenários: teriam fugido rapidinho de contratar os serviços dessa empresa prestadora.

As grandes empresas estão correndo para auditar e revisar processos, procedimentos, termos de conduta e tudo o que for possível para se respaldarem em casos como esse - resta agora saber, como é que as empresas médias e pequenas, vão agir perante exemplos como esse. Porque se uma gigante já se impacta duramente se passar por uma crise como essa, posso assegurar que para uma média ou pequena empresa, vira caso de falência.

Se você quer se aprofundar mais nesses temas de ESG e como isso não é um bicho de 7 cabeças e que pode sim te ajudar no desenvolvimento do seu negócio, acompanhe a gente por aqui na Habitus - porque o que fazemos é tentar ajudar empreendedores menores a aplicar conhecimento de grandes empresas.  Até a próxima!

Gabriela Taborda Faria